Cerca de 75 hectares de banana foram atingidos pelo temporal na madrugada desta sexta-feira, 29/09, em Ravena

 

O produtor Gilvan Célio Paiva cultiva banana prata orgânica e perdeu 30 hectares de área plantada. De acordo com o produtor, 100% da lavoura foi destruída com a chuva e vento fortes e, o granizo ainda atingiu as bananas que, apesar de estarem normais para o consumo, ficaram com a casca marcada com pontinhos pretos.

Extensionistas do escritório Local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) de Sabará estiveram na propriedade do Gilvan e estão buscando mercado para o produtor comercializar as frutas, como o PNAE e PAA. Além disso, o agricultor terá assistência técnica pra voltar a produzir.

Shelen Mainete, engenheira Agrônoma da Emater-MG, explica que, neste momento é recomendado fazer a limpeza das bananeiras, o tratamento fitossanitário e as abubações.  “Isso vai acelerar a recuperação do bananal. Como a planta “quebra”, a gente recomenda o tratamento fitossanitário para evitar a entrada de doenças e pragas. E a adubação é importante para acelerar a recuperação da planta”, orienta Mainete.

Os primeiros levantamentos feitos pela Emater-MG na região de Ravena apontam que mais de 16 produtores de banana foram atingidos. “Estamos levantando se outras culturas, como as hortaliças, também foram atingidas”, complementa a engenheira agrônoma.

Plano de Mitigação

A Emater-MG elaborou um material técnico com orientações sobre ações que podem minimizar os efeitos das chuvas torrenciais. O documento “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agropecuária: água de chuva” é voltado para produtores rurais e também para auxiliar setores da administração pública. O material está disponível na Livraria Virtual do site www.emater.mg.gov.br e também pode ser acessado clicando diretamente neste link.

Segundo a Emater-MG, o solo que não apresenta cobertura vegetal recebe o impacto direto da chuva. Esta água tem dificuldade de infiltra rrapidamente no terreno, principalmente se ele já estiver muito úmido ou compactado. Estradas rurais são exemplos típicos de terrenos onde a água escorre ou empoça em pouco tempo. As enxurradas descem as ladeiras carregando o material que se desprende do leito destas vias, para então se depositar fundo de córregos, rios e várzeas, ou seja, nos locais mais baixos do relevo.

A Emater-MG também orienta os produtores a fazer uma avaliação da capacidade do solo, antes de desenvolver qualquer atividade agropecuária na propriedade. Esta análise permite identificar os riscos de enchentes, erosões e até deslizamentos. Uma avaliação precisa das características do solo também embasará a escolha e aplicação das diversas técnicas de manejo do solo e da água

Entre as técnicas recomendadas no documento elaborado pela Emater-MG estão o plantio direto. Ele consiste em reduzir ao máximo o revolvimento do solo, fazendo o plantio diretamente na palhada que cobre o terreno.

O documento “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agropecuária: água de chuva” apresenta uma relação de diversas outras práticas que podem ser aplicadas no meio rural para evitar enxurradas e enchentes. Entre elas a construção de estruturas de drenagem e bacias de captação de água de chuva, adequação de estradas rurais, terraceamentos para reduzir a velocidade da água em áreas íngremes e até o tratamento correto de efluentes domésticos, com a construção de fossas sépticas.

 

Assessoria de Comunicação – Emater-MG

Jornalista responsável: Bruna Toledo

E-mail: bruna.toledo@emater.mg.gov.br

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Publicado em: 29/09/2023



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