Em Minas Gerais, a Emater-MG presta atendimento a comunidades interessadas em melhorar o atendimento aos visitantes
BELO HORIZONTE (29/4/2021) - O turismo rural tem conquistado cada vez mais adeptos em Minas Gerais. O Estado é rico em atrativos naturais, como serras, cachoeiras, e paisagens exóticas, e conta com um rico acervo cultural e histórico, acumulado em seus 300 anos de existência. A criação da Política Estadual de Turismo de Base Comunitária, em lei sancionada pelo governador Romeu Zema, em janeiro deste ano, proporcionou mais incentivo às comunidades para se prepararem para o retorno às atividades turísticas, tão logo seja controlada a pandemia da Covid-19. Com a crise na saúde pública, desde o ano passado, muitos vilarejos deixaram de receber visitantes, durante a pandemia, para evitar aglomerações e também com o receio de expor as populações locais, com muitos idosos.
Foi o que aconteceu no distrito de Cuiabá, do município de Gouveia, na região do Jequitinhonha, como explicou o agricultor familiar e um dos líderes da comunidade, Geraldo Arcanjo de Oliveira, mais conhecido como Ladico. Ele participou de uma live promovida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), para falar sobre o projeto batizado de Turismo de Vilarejo, implantado na região, e que beneficia diretamente 50 famílias da comunidade.
Além da proximidade com Diamantina, cujo centro histórico ostenta o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, Gouveia, com cerca de 12 mil habitantes, é cercada por serras e cachoeiras, e atrai visitantes interessados em conhecer um pouco da vida simples dos pequenos povoados mineiros. E é exatamente este público o foco do turismo de base comunitária.
“As pessoas que buscam esse segmento de turismo procuram por atrativos naturais, como rios, cachoeiras, lugares tranquilos. E também vêm em busca de acolhimento, de um papo gostoso, com causos e histórias locais, além de uma comida boa e muito sossego”, explica a coordenadora regional da Emater-MG, Claudete Maria Souza.
De acordo com as normas estabelecidas pela legislação estadual criada em janeiro de 2021, a política de incentivo ao turismo de base comunitária deve promover os empreendimentos econômicos solidários, geridos tanto por grupos familiares quanto por comunidades. Os projetos devem ser desenvolvidos por meio de um planejamento participativo, com destaque para o manejo sustentável dos recursos naturais e a valorização cultural.
O objetivo é oferecer melhores condições de vida dos cidadãos que habitam as áreas contempladas pela política pública. As ações incluem, por exemplo, a diversificação da produção e a comercialização direta de produtos de origem local, além da valorização e resgate do artesanato e da culinária regional, com base nas tradições das populações tradicionais.
A Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), desenvolve um completo trabalho de apoio a essas iniciativas em várias regiões do estado. Um dos pilares desse atendimento é o diagnóstico participativo.
“Não existe uma receita pronta. Cada comunidade tem as suas particularidades. Tudo começa com uma visita dos técnicos da Emater-MG ao local, onde realizamos encontros com os moradores para fazer levantamentos dos atrativos naturais e culturais. Enfim, vamos conhecer o que a comunidade tem a oferecer. Com base nisso, vamos desenvolvendo capacitações para aprimorar as produções locais e identificar o que pode ser feito para receber melhor os visitantes”, informa a coordenadora da Emater-MG.
Desse processo, que pode durar vários meses, saem os projetos para atrair os turistas. Uma das ações, por exemplo, pode ser a criação de um festival gastronômico, como aconteceu no distrito de Cuiabá, em Gouveia.
“Os recursos para o Projeto Turismo de Vilarejo aqui vieram do governo federal, por uma Chamada Pública. Toda a comunidade foi envolvida e daí surgiu o Festival de Comidas Típicas de Cuiabá”, conta Geraldo Arcanjo de Oliveira, o Ladico, que além de agricultor, é um exímio contador de causos. E, para os amantes da gastronomia típica, ele recomenda o famoso “cobu de Gouveia”, uma espécie de broa de fubá de milho, de preferência de moinho. A massa, composta ainda por coalhada, açúcar e canela, é recheada com uma boa fatia de queijo, antes de ir ao forno, envolta em folha de bananeira.
Quem ficou com água na boca vai precisar esperar um pouco ainda, pois a comunidade de Cuiabá, devido aos cuidados necessários para frear a epidemia da Covid-19, não tem recebido visitantes. Mas, com o incentivo da Emater-MG, os moradores estão preparados para o retorno das atividades turísticas, logo que a pandemia estiver controlada. Aí, então, os turistas poderão sentir de perto o famoso acolhimento mineiro, que foi reconhecido internacionalmente, neste ano, pelo Booking.com, uma das plataformas de viagens mais conhecidas no mundo. Minas Gerais foi contemplado com o título Traveller Review Awards 2021.
O estado foi reconhecido, com base nas avaliações de turistas, como uma das dez regiões mais hospitaleiras do mundo. A live promovida pela Emater-MG sobre turismo de base comunitária está disponível no YouTube e pode ser acessada clicando AQUI .
Assessoria de Comunicação - Emater-MG
Jornalista responsável: Miriam Fernandes
Te.:(31) 3349-8096
E-mail: miriam@emater.mg.gov.br
facebook.com/ematerminas
Foto: Claudete Souza/Emater-MG
Publicado em: 29/04/2021
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